Era uma vez, no início dos tempos, um mundo em que não havia ainda nem homens, nem mulheres. Apenas uns sentimentos vagavam pelo planeta.
Numa tarde chuvosa, os sentimentos não sabiam o que fazer.
O Tédio bocejava. A Tranqüilidade fazia alongamentos, quando a Ternura então propôs brincar de esconde-esconde. Todos acharam uma ótima idéia.
A Alegria logo pulou: “Oba! Que maravilha!”
Quer dizer, nem todos, porque o Ódio foi logo dizendo: “Eu não vou. Eu não gosto deles”!
E a Verdade preferiu não se esconder. Para quê? De qualquer maneira ela sempre acabava aparecendo.
A Soberba disse que era uma brincadeira de bobos. É claro. A idéia não tinha sido dela...
E a Covardia preferiu nem se arriscar...
Mas a Amizade disse:
– Ah! Que coisa boa, estamos todos juntos.
A Loucura quis ser o pegador. Mas a Inveja foi logo dizendo:
– Por que ela, sempre ela? Só porque ela é louca ???
Mas a Loucura, a essa altura, já tinha começado a contar: “98, 27, 35, 44, 55, 63 ...”.
Enquanto isso, os sentimentos começaram a se esconder um a um.
Mas o Amor não sabia onde esconder-se.
Pensou em ficar atrás da roseira, mas achou que logo a Loucura o encontraria. Foi aí então, que resolveu enterrar-se, entre as raízes da roseira.
Foi o tempo exato para que a Loucura terminasse a contagem: “99, 1. Lá vou eu...”.
Mal abriu os olhos e quem achou do seu lado? A Preguiça, que não tinha nem saído do lugar.
Caiu um raio que iluminou o céu e ela viu um dos sentimentos que ainda tentava se esconder, ora atrás duma árvore, ora atrás de outra...
Era a Dúvida.
Depois, de uma só vez, encontrou dois, pois a Inveja, é lógico, tinha se escondido bem à sombra do Sucesso.
A Loucura começou a sentir um cheiro horrível, nojento mesmo. Aproximou-se do lixo e encontrou a Injustiça.
Andou mais um pouco e encontrou logo três: debaixo de uma pedra, num lugar muito úmido e sombrio, encolhida em posição fetal estava a Tristeza e, em cima da pedra, esperando os raios de sol voltarem, estavam a Alegria e a Exuberância.
E assim, a Loucura foi encontrando um a um todos os sentimentos.
Mas, nada de encontrar o Amor. Procura daqui, procura dali, e nada...
Então, a Traição aproximou-se dela e disse baixinho:
– Tá na roseira.
Mas a Loucura estava tão enlouquecida, que nem prestou atenção.
A Traição falou mais alto:
– Está escondido nas raízes da roseira!
– A Loucura então, mais louca do que nunca, aproximou-se da roseira e arrancou-a de uma vez, com raiz e tudo, ferindo assim os olhos do Amor, que começaram a sangrar.
A Loucura, desesperada, perguntou:
– Amor, o que foi que eu fiz?
– Tu me cegaste – disse o Amor.
– O que eu posso fazer por ti, Amor?
– Eu creio que agora, terás que ser o meu Guia.
E deste dia em diante o Amor é cego e, pra dar certo, tem que andar assim, oh, juntinho da Loucura!
Numa tarde chuvosa, os sentimentos não sabiam o que fazer.
O Tédio bocejava. A Tranqüilidade fazia alongamentos, quando a Ternura então propôs brincar de esconde-esconde. Todos acharam uma ótima idéia.
A Alegria logo pulou: “Oba! Que maravilha!”
Quer dizer, nem todos, porque o Ódio foi logo dizendo: “Eu não vou. Eu não gosto deles”!
E a Verdade preferiu não se esconder. Para quê? De qualquer maneira ela sempre acabava aparecendo.
A Soberba disse que era uma brincadeira de bobos. É claro. A idéia não tinha sido dela...
E a Covardia preferiu nem se arriscar...
Mas a Amizade disse:
– Ah! Que coisa boa, estamos todos juntos.
A Loucura quis ser o pegador. Mas a Inveja foi logo dizendo:
– Por que ela, sempre ela? Só porque ela é louca ???
Mas a Loucura, a essa altura, já tinha começado a contar: “98, 27, 35, 44, 55, 63 ...”.
Enquanto isso, os sentimentos começaram a se esconder um a um.
Mas o Amor não sabia onde esconder-se.
Pensou em ficar atrás da roseira, mas achou que logo a Loucura o encontraria. Foi aí então, que resolveu enterrar-se, entre as raízes da roseira.
Foi o tempo exato para que a Loucura terminasse a contagem: “99, 1. Lá vou eu...”.
Mal abriu os olhos e quem achou do seu lado? A Preguiça, que não tinha nem saído do lugar.
Caiu um raio que iluminou o céu e ela viu um dos sentimentos que ainda tentava se esconder, ora atrás duma árvore, ora atrás de outra...
Era a Dúvida.
Depois, de uma só vez, encontrou dois, pois a Inveja, é lógico, tinha se escondido bem à sombra do Sucesso.
A Loucura começou a sentir um cheiro horrível, nojento mesmo. Aproximou-se do lixo e encontrou a Injustiça.
Andou mais um pouco e encontrou logo três: debaixo de uma pedra, num lugar muito úmido e sombrio, encolhida em posição fetal estava a Tristeza e, em cima da pedra, esperando os raios de sol voltarem, estavam a Alegria e a Exuberância.
E assim, a Loucura foi encontrando um a um todos os sentimentos.
Mas, nada de encontrar o Amor. Procura daqui, procura dali, e nada...
Então, a Traição aproximou-se dela e disse baixinho:
– Tá na roseira.
Mas a Loucura estava tão enlouquecida, que nem prestou atenção.
A Traição falou mais alto:
– Está escondido nas raízes da roseira!
– A Loucura então, mais louca do que nunca, aproximou-se da roseira e arrancou-a de uma vez, com raiz e tudo, ferindo assim os olhos do Amor, que começaram a sangrar.
A Loucura, desesperada, perguntou:
– Amor, o que foi que eu fiz?
– Tu me cegaste – disse o Amor.
– O que eu posso fazer por ti, Amor?
– Eu creio que agora, terás que ser o meu Guia.
E deste dia em diante o Amor é cego e, pra dar certo, tem que andar assim, oh, juntinho da Loucura!
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